terça-feira, 20 de outubro de 2015

Jardim do Passeio Alegre # saudades de uma tarde de verão #




Lembro-me da tarde em que fomos ao Jardim do Passeio Alegre, pela primeira vez. Era uma das últimas de Agosto. O vento dera tréguas, o que é pouco comum à beira-mar, mesmo em dias de calor. Que do Jardim já se avista o mar. E já se sente a brisa, tantas vezes agreste.
O Jardim do Passeio Alegre, na Foz do Douro, data do século XIX. Não há margem para equívocos quanto à "porta de entrada", os dois obeliscos, obra de Nicolau Nasoni, rasgam a alameda que recorta o jardim, lugar tranquilo por natureza.
Fomos passear, é coisa que nos apraz. Mas, havia gente à conversa. Gente a namorar o rio. E o mar. Crianças brincando. Que no jardim há um mini-golfe. E uma grande azáfama à volta do Chalé Suísso, construção octogonal, de traçado romântico [ século XVIII], transformada em casa de chá e ponto de encontro das gentes endinheiradas da Foz.
Deixámos para outro dia, o chá. Impunha-se o passeio, demorado, como devem ser os passeios. Que, pormenores, há-os em toda a parte. Escapam aos mais distraídos, tantas vezes. Mas, não aos que o vagar oferecem à descoberta. O Jardim não é excepção; conserva no seu inteiro elementos arquitectónicos e naturais ricos o suficiente para nos demorarem, como o Coreto, o Chafariz e a Fonte.
Ah, que saudades do Verão, nestes dias cinzentos.










Nenhum comentário:

Postar um comentário