sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Broas dos Santos # a receita é do Chef Valdemar #


Broas Doces dos Santos by Chef Valdemar Onofre.

Todos os anos, no primeiro de Novembro, Dia de Todos-os-Santos, a minha mãe mete as mãos na massa e o lume ao forno a lenha. É uma das mais antigas tradições portuguesas, a cozedura das Broas Doces dos Santos. A receita é do Chef Valdemar Onofre, da Quinta da Sobreira Quinhentista.

Ingredientes:
1Kg de batata-doce
500 Gr de abóbora
500 Gr de açúcar
1.5 Kg de farinha de trigo
6 ovos
1 cálice de vinho do Porto
Raspa de limão
Erva-doce
Canela
10 Gr fermento pó
70 Gr fermento padeiro
Frutos secos [ figos, passas, nozes, pinhões]

Confeção
Coza a batata-doce e a abóbora, separadamente. Deixe arrefecer. À parte, coloque todos os ingredientes secos num alguidar. Passe a abóbora e a batata-doce no passe vite e adicione aos ingredientes secos. Junte os ovos, o Vinho do Porto e amasse. A massa deve levedar durante duas horas. De seguida, tenda-a e leve-a cozer num tabuleiro polvilhado com farinha. 







quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Mata Nacional do Choupal



"No Choupal confirmava-se a chegada do Outono e a vegetação, de um matiz amarelecido, tinha-se implantado de uma forma concertada e harmoniosa. Quase todas as árvores tinham perdido o verde dominante, passando agora a obsequiar qualquer mortal com belíssimas cores, parecendo querer impor, a qualquer pintor, novas misturas de tinta na sua paleta, especialmente os amarelos e os castanhos, para, logo de seguida, exigir tons alaranjados, avermelhados e arroxeados. Aproximava o regresso das temperaturas mais baixas e da incidência solar mais ténue. Estava um dia seco e ensolarado o que tornava as cores da natureza mais brilhantes. Algumas árvores de grande porte mostravam-se agitadas e o Mondego corria sereno e esperançoso por novas canções, sabendo estar passar por um local de encontro de poetas e cantores. O arboreto do Choupal era constituído, essencialmente, por choupos-negros de grande porte e resistência, majestosos plátanos de grande longevidade, imponentes faias de troncos espessos, gigantescos eucaliptos de folha persistente, vistosas nogueiras-pretas e cedros dos pântanos." [in capítulo VI da Princesa do Mondego de Eurico machado Costa]
Roubei as palavras ao Eurico. Que outras, tão precisas, não encontrei para descrever o Choupal. Fica ás portas da cidade, a mata, que ocupa uma área de 79 hectares. Estende-se por 2 km ao longo da margem direita do rio, a partir da Ponte do Açude. As árvores seculares, hoje, foram mandadas plantar no século XIX para apaziguar a fúria das águas do Mondego na altura das cheias.
É um lugar tranquilo, por natureza, onde além da flora, já referida, habitam cerca de 65 espécies animais, na sua maioria aves. Entre os mamíferos há raposas, javalis e lontras.
A Mata Nacional do Choupal é um dos espaços preferidos dos conimbricenses tanto para a prática de desportos, como a corrida, a caminhada, pesca, ténis e equitação [ o Centro Hípico de Coimbra fica no Choupal], como para passeios em famílias e/ou piqueniques. Há um bar e um parque de merendas. Dois campos de ténis. E um borboletário. Que contamos visitar na Primavera.












terça-feira, 27 de outubro de 2015

Terras algarvias # Silves, de passagem #

Silves, a que foi dos árabes e mais tarde dos cristãos. O Castelo (mouro). A Sé (cristã). E a ponte romana.

Foge à regra, o Castelo. É vermelho escuro. Quase que fere o olhar, depois de longas horas a bater com os olhos no branco do casario alentejano. Tem uma razão de ser. Que, por aqui, nada é despropositado.  É o grés de Silves, matéria-prima utilizada desde a pré-história na arquitectura civil e religiosa, que lhe confere a tonalidade.
Da cidade que outrora se chamou Xelb, durante a ocupação árabe da Península Ibérica. Que foi denominada capital de Al-Faghar (Reino do Algarve). E considerada a Bagdade do Ocidente, pelas riquezas que ali chegavam, via rio Arade. O Castelo, donde o burgo se estende encosta abaixo, é um dos últimos vestígios da presença islâmica e um dos mais belos exemplares da arquitectura militar.
É histórica, Silves. Sei-o dos livros. Que destino não foi, ainda, este ano. Encantou-me de passagem. Que por lá se passa quando o destino é Portimão. Encantaram-me os latifúndios, com as suas casas senhoriais, construídas no ponto mais alto da herdade. O casario branco, "cousa" típica por estas bandas. A Sé Catedral, herança da época de reconquista cristã. E a Casa da Cultura Islâmica.
Queira, o caro leitor falar-me da cidade vermelha, caso lhe tenha merecido a atenção. Que pena, tenho eu, de me ter faltado o vagar para uma visita a preceito.

Silves. O Castelo. A Sé Catedral. A Casa da Cultura Islâmica [edifício vermelho]. E o rio Arade.

Ponte sobre o rio Arade que liga Silves a Portimão





segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Chocolate artesanal # o pecado bateu-me à porta #


Oh meu Deus!!! Nem sei por onde começar; nem sei se lhe fale dos chocolates, de quem os faz ou daquele filme de seu nome Chocolate. Que foi o deleite do conde, enquanto comia os chocolates às escondidas, a primeira imagem que me veio à cabeça, quando dei a primeira dentada. Parece-me que a minha expressão terá sido semelhante. Que pecado!!! E, andava eu convencida de que os Rafaelo's, da Ferrero, eram das melhores coisinhas que por aí se encontravam à venda.
Já me tinha chegado aos ouvidos que o chocolate artesanal nada tinha que ver com o que se vende nas grandes superfícies comerciais. E o que não falta para aí são chocolaterias a apregoar bombons artesanais, bem sei. Mas entre o apregoar e o servirem-nos. Bem, não falemos sobre isso. 
Nunca tinha, portanto, provado o bendito. Quis, pois, o destino presentear-me, na semana passada, com uns maravilhosos chocolatinhos ARTESANAIS.
Conheci a Adriana, há uns meses. É licenciada em Ciências da Informação. Mas, isso pouco importa. Que a vida abriu-lhe outros caminhos. É mãe. Fotógrafa [ ganhou a Medalha de Ouro dos Casamentos 2015]. Cake Designer. E MESTRE CHOCOLATEIRA. Atrevo-me a chamar-lhe Mestre. Que nem no Festival do Chocolate de Óbidos degustei algo semelhante.
A paixão pela cozinha levou-a a inscrever-se num workshop de chocolate. Que boa ideia, Adriana! Diz o marido. Digo eu. E, dizem quantos provaram os bombons que saem das mãos da Mestre.
O segredo, diz ela, "está na qualidade do chocolate suíço, utilizado na confeção dos bombons, que assegura a qualidade do produto final. Na temperagem e nas técnicas de manipulação do chocolate que se vão apurando com a prática. Mas também na não adição de conservantes ao chocolate. É sabido que os conservantes roubam algumas das características originais aos produtos."
Não uso conservantes, o prazo de validade dos bombons diminui, mas, garanto um grau de qualidade superior em relação aos bombons comuns." Bem, isso parece-me pouco relevante, guardar os bombons é uma missão impossível. A textura aveludada do chocolate. A leveza do recheio. Oh meu Deus!!! O pecado bateu-me à porta. A caixinha está quase vazia. E vou comer mais um.

A " mestre" num dos seus workshops. Trabalhar o chocolate é uma arte.

Oferecer chocolates é uma das mais antigas tradições natalícias. A quadra aproxima-se e o chocolate artesanal é uma excelente opção. O recheio pode ser personalizado.

Delícias de amêndoa.











domingo, 25 de outubro de 2015

DIY # quando chove ao fim-de-semana #



Parece-me que os dias molhados vieram para ficar. Confesso-me pouco dada a passeios que ultrapassem o percurso cama-sofá-lareira, nestes dias tão escuros e pequeninos. É hábito ficar por casa, com um bom livro no regaço e um chávena de chá ao lado. Apetece! Mas não faz parte dos meus planos, para esta tarde. Vou costurar! Quem me ouvir falar até há-de pensar que sou uma grande costureira, quando pregar uns botões é a única coisa que sei fazer. Adiante!!!
Sabe aqueles panos de louça que se vendem em todas as lojas de recordações? [Tenho dezenas, em casa! Não há lugarejo que visite donde não traga um ou dois; das viagens são as recordações que guardamos. E eu trago-as ao peito.] Já experimentou transformar os panos em aventais de cozinha?





terça-feira, 20 de outubro de 2015

Jardim do Passeio Alegre # saudades de uma tarde de verão #




Lembro-me da tarde em que fomos ao Jardim do Passeio Alegre, pela primeira vez. Era uma das últimas de Agosto. O vento dera tréguas, o que é pouco comum à beira-mar, mesmo em dias de calor. Que do Jardim já se avista o mar. E já se sente a brisa, tantas vezes agreste.
O Jardim do Passeio Alegre, na Foz do Douro, data do século XIX. Não há margem para equívocos quanto à "porta de entrada", os dois obeliscos, obra de Nicolau Nasoni, rasgam a alameda que recorta o jardim, lugar tranquilo por natureza.
Fomos passear, é coisa que nos apraz. Mas, havia gente à conversa. Gente a namorar o rio. E o mar. Crianças brincando. Que no jardim há um mini-golfe. E uma grande azáfama à volta do Chalé Suísso, construção octogonal, de traçado romântico [ século XVIII], transformada em casa de chá e ponto de encontro das gentes endinheiradas da Foz.
Deixámos para outro dia, o chá. Impunha-se o passeio, demorado, como devem ser os passeios. Que, pormenores, há-os em toda a parte. Escapam aos mais distraídos, tantas vezes. Mas, não aos que o vagar oferecem à descoberta. O Jardim não é excepção; conserva no seu inteiro elementos arquitectónicos e naturais ricos o suficiente para nos demorarem, como o Coreto, o Chafariz e a Fonte.
Ah, que saudades do Verão, nestes dias cinzentos.










sábado, 17 de outubro de 2015

Rapazes, voltei à cozinha!

para a sobremesa, Pavlova

Tomei-lhe o gosto, ou melhor cansei-me das iguarias que a Chef, cá de casa, costuma servir ao jantar. Dizem que os homens se conquistam pelo estômago. Bem, não foi o caso. Atrevo-me a dizer que se o velho ditado se aplicasse à letra, ela dava uma bela tia.
A minha Estrela Michelin saiu para um workshop de chocolate. Meteu na cabeça oferecer bombons artesanais no Natal, à família. Espero não estar incluído na lista dos felizes contemplados. Bem, vou preparar o jantar!
Optei pelo peixe. Salmão, para ser mais preciso. É saudável, fácil de cozinhar e é um dos peixes preferidos dela. Dei um salto ao Cabaré do Goucha, antes de me agarrar às panelas. O gato está olhar para mim com um ar desconfiado. Calma rapaz!!!!
Vou fazer Salmão em crosta de broa de milho amarelo. E acompanhar com legumes salteados. São a minha especialidade, ou melhor há alguém que não saiba saltear legumes?
Ralei a broa e reguei-a suavemente com azeite. Numa frigideira anti-aderente, aqueci um fio de azeite. Coloquei o salmão na frigideira. Temperei com sal e pimenta. Cobri com a broa e deixei cozinhar, durante alguns minutos. Agora vai ao forno até a broa ficar dourada e estaladiça. 
Vou fazer também uma Pavlova. Não me apetecem chocolates, à sobremesa!!! Dizem que o doce foi criado em homenagem a uma bailarina russa, Ana Pavlova. Vou precisar de 6 claras, açúcar em pó, natas, raspa de limão, e frutos vermelhos. Começo pelo merengue, a base do doce. Bato as claras. Acrescento-lhe 250g de açúcar em pó, sem parar de bater, até obter um merengue duro. Forro um tabuleiro com papel vegetal. Disponho o merengue, regularmente, e levo ao forno, pré-aquecido a 150 graus, durante uma hora. 
Enquanto o merengue está no forno, preparo o recheio. Bato as natas com 150g de açúcar em pó e as raspas de limão, até obter um chantily. O segredo é casar um merengue crocante com um recheio cremoso. O merengue deve arrefecer no forno para não perder volume. Quando arrefecer cubro-o com o chantily. Decoro com frutos vermelhos e viro as costas à cozinha. Bem, talvez não fosse má ideia arrumá-la!!! E pôr a mesa. Que, hoje, quero-a ainda mais bonita.


                                                                                   para a princesa, com amor
                                                                                           # o tripeiro #















quinta-feira, 15 de outubro de 2015

São Queijadas, senhoras!


Queijadas de Tentúgal

A receita é um dos segredos mais bem guardados da Doçaria Conventual de Tentúgal, herdada das irmãs Carmelitas que habitaram o Convento de Nossa Senhora do Carmo. Caiu do céu, cá em casa. E tornou-se quase um segredo de família. Nunca a partilhámos. Repeti-a ontem, mais uma vez. 
Precisei de 2 gemas, 200g de açúcar, 250g de farinha, 100g manteiga e  de 1 requeijão, com 200g. Amassei a manteiga derretida com a farinha até obter uma massa tipo areada. Enquanto a massa repousava, preparei o creme com o requeijão, o açúcar, as gemas e duas colheres de farinha. Utilizei uma varinha para obter um creme liso e sem grumos. Depois estendi a massa numa bancada enfarinhada. Forrei as forminhas. Cobri a base com o creme. E levei ao forno a 200 graus, durante 20 minutos. 
 Agora, também é sua, a receita. É o nosso segredo. Combinado?











Arte Urbana


Rua Alferes Malheiro [autores Mrdheo e Hazul]


É arte! A céu aberto. Está a tomar conta de fachadas, muros e das caixas da energia elétrica no Porto. E já faz parte os roteiros turísticos da cidade. Até ao final do mês de Outubro, a Porto Lazer promove visitas guiadas, um safari fotográfico e um instameet, para dar a conhecer a arte urbana da Invicta.
O tripeiro, cá de casa, antecipou-se. E, dá-lhe a conhecer, em primeira mão, as obras incluídas no roteiro; do AN.FI.TRI.AO, na Avenida Vimara Peres, junto ao tabuleiro superior da ponte D. Luís, às representações nas caixas de energia eléctrica, na Rua das Flores.

Rua Alferes Malheiro ( autor; MrDheo e Hazul)

Rua de Camões [ autores: Coletivo Rua e Breakone]

Rua de Camões [autor desconhecido]

Rua de Diogo Brandão [autores: Mots, Mesk, e Fedor]

Rua da Restauração [ autores: Chei Krew, Elleonor, Jaime Ferraz, Purple Charles, Miguel Paulo, Alma e Third]

Rua da Restauração [autor desconhecido]

Rua da Restauração [autor desconhecido]

Rua da Restauração [autor desconhecido]

Rua da Restauração [autor desconhecido]

Rua da Restauração [autor desconhecido]

Rua da Restauração [autor desconhecido]

Rua da Restauração [autor desconhecido]

Rua das Flores [autores; Hazul, Godmess & Sem, Puro Contraste e Bug & Costah]

Rua das Flores [autor desconhecido]

Avenida Dom Afonso Henriques [ autor: Fahr]

Avenida Vimara Peres, o AN.FI.TRI.AO [ autor: Frederico Draw]

Rua da Madeira [autor: Maismenos]


Rua da Madeira [ autor: Sten Lex]