segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Comecei o dia na Ribeira

Atravessámos a ponte. Que é de Gaia que se tem a melhor vista para o Porto.

A cidade acordou cinzenta, envolta naquele nevoeiro usual das estações mais frias, que confere um ar quase teatral à Ribeira. É daqui que partimos à descoberta da Invicta. 
Invicta? É histórica, a explicação. Remonta ao século XIX, o episódio que deu origem ao cognome “mui nobre e leal cidade Invicta”. São palavras de D. Pedro. Proferiu-as por ocasião do levantamento do cerco à cidade pelos absolutistas, liderados por D. Miguel, durante a revolução liberal que opôs absolutistas e liberais. Em troca da lealdade, ofereceu D. Pedro o coração à cidade.
Caminhemos! Que se faz tarde. São muitas as histórias que a cidade tem para contar. Outras tantas as direções que podemos seguir. E todas elas com motivos de interesse. É apreciador de vinho do Porto? Recomendo-lhe que atravesse a ponte, e pode fazê-lo a pé. As caves das mais antigas e conceituadas marcas de Vinhos do Porto ficam do outro lado do rio, em Gaia. Além de provas de vinhos, há visitas guiadas. As Caves da Burmester, junto ao tabuleiro inferior, são as únicas que se localizam na zona classificada como Património Cultural da Humanidade.

Ribeira de Gaia



Para lá da Ribeira de Gaia e do Cais, donde saem os cruzeiros com destino ao Alto Douro, existe ainda um estaleiro de construção naval. É o último dos treze estaleiros que existiam entre a ponte D. Luís I e a Afurada, no século XIX. São dez os homens que ali trabalham. São os últimos carpinteiros navais do Douro navegável.

Afurada, o último estaleiro naval.








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